sexta-feira, outubro 06, 2006


Polícia identifica ladrão de obras raras
MARIO CESAR CARVALHOda Folha de S.Paulo
A Polícia Civil de São Paulo acredita ter identificado um dos ladrões de obras raras da Biblioteca Mário de Andrade e de outros arquivos. Todos os indícios apontam para o bibliotecário Ricardo Pereira Machado, que estagiou na Mário de Andrade entre 2002 e 2003 e no ano seguinte foi preso --e depois liberado-- pelo furto de obras raras da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.Machado foi apontado por duas fontes diferentes: uma pessoa que foi presa anteontem com obras raras e um colecionador que comprou a segunda edição de "O Guarany", de José de Alencar, num leilão e descobriu depois que a obra era da biblioteca. O livro, editado em 1863 e vendido por R$ 5.760, integrava um lote entregue por Machado à Babel Livros, do Rio. Foi leiloado em março.O site da Babel informava que a página de rosto (que tinha o carimbo da Mário de Andrade) fora cortada --um indício de furto. O carimbo da biblioteca na página 100 havia sido raspado, mas havia uma falha: o número de registro da biblioteca fora mantido."Todos as frentes apontam para Ricardo, mas é preciso investigar se ele furtou ou se pegou as obras de alguém", diz o delegado Fernando Pires.O preso, Erivaldo Tadeu dos Santos Nunes, é ex-cunhado do responsável pelo restauro na biblioteca, José Camilo dos Santos. Funcionário do local há 25 anos, Santos disse que restaurava as obras que tinham sido entregues por Machado.A polícia suspeita que Machado e o restaurador possam ter ligação com o furto que a biblioteca notou em setembro. Sumiram um livro de orações de 1501, 58 gravuras de Rugendas e 42 de Debret, entre outros. A Folha não conseguiu localizar Machado.A Justiça recusou o pedido de prisão do restaurador e de Machado por considerar que esse tipo de punição não pode ser aplicada em casos de furto. "Eles são tratados como batedores de carteira, mas não são. Trata-se de uma quadrilha que atua em todo o Brasil", disse Luís Francisco Carvalho Filho, diretor da biblioteca.A polícia encontrou com Nunes uma gravura da Mário de Andrade. Trata-se de uma peça do álbum "10 Gravuras em Madeira de Oswaldo Goeldi", impresso em 1930 no Rio. A raridade da obra deve-se ao fato de ser considerada o primeiro álbum de gravura moderna impresso no país, segundo Rizio Bruno Sant'Ana, curador de obras raras da biblioteca.O preso tinha também um manuscrito de 1791 de Dona Maria I (1734-1816), conhecida como a "rainha louca", que foi furtado do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Tinha também gravuras raras. Uma única gravura do livro "Collection de Fleurs et de Fruits", de Jean-Louis Prévost (1745-1810), foi avaliada em US$ 6 mil (R$ 12.960). Prévost é valioso porque seu livro é considerado um dos mais bonitos já editados sobre botânica.LeilãoA partir do livro de José de Alencar, devolvido à Mário de Andrade pelo colecionador, a polícia descobriu o possível canal que os ladrões usavam para vender as obras: a Babel Livros.Carvalho Filho conferiu quatro leilões realizados neste ano e descobriu que a Babel vendeu 234 lotes entregues por Machado. Entre eles havia 17 livros com as mesmas características de obras que estão desaparecidas da Mário de Andrade. Os leilões renderam R$ 87.310,00 a Machado.A Babel recusou-se inicialmente a entregar o nome dos compradores dos livros idênticos aos títulos que sumiram do acervo da Mário de Andrade, segundo o diretor da biblioteca. Alegou que seria violação da privacidade dos compradores. "Estamos diante de bens públicos e eles estão falando em privacidade", disse Carvalho Filho. O delegado afirmou que os empresários já mudaram de idéia e devem entregar a lista amigavelmente.

quarta-feira, outubro 04, 2006

Limites de atuaçao entre o estagiario e o Profissional da Informação

Sobre estagio

Os estágios têm valor pedagógico inquestionável, mas apenas sob determinadas condições, sem as quais o estudante pode até ser prejudicado, ainda que sem necessariamente perceber o prejuízo. Essas condições estão, principalmente, na natureza do trabalho a ser realizado, no local onde ocorrerá e no horário a ser cumprido.Quase sempre são condições fixadas por quem oferece o estágio, com o que só resta ao candidato aceitá-las ou não. E, às vezes, só depois de iniciar a experiência, pois muitos estagiários só sabem de suas atividades depois de iniciá-las. A NATUREZA DO TRABALHO O objetivo do estágio é aprender sobre a realidade da profissão escolhida. Muitos empregadores inescrupulosos, porém, contratam estagiários não para oferecer-lhes esse aprendizado, mas simplesmente como mão-de-obra barateada, pelo fato de que na sua contratação não incidem encargos trabalhistas e previdenciários, exceto um seguro de vida. Com isso, há estágios cujas atividades nada têm a ver com o objetivo de aprendizado na área de estudo. Essa distorção se manifesta de várias formas, como no caso de estagiários que ficam a tirar cópias ou dos contratados para levar e protocolar documentos em repartições públicas. Às vezes, as tarefas podem ser simples, como as de pesquisar fontes, levantar dados, realizar cálculos e preparar gráficos, mas seu propósito pedagógico é preservado se o estagiário acompanha a utilização de seu trabalho na fase analítica desenvolvida por seu chefe ou supervisor e é informado do que aí se passa. Enfim, se dialoga com o profissional que usa o seu trabalho, aprendendo algo do que ele faz. O LOCALDependendo da distância entre trabalho, residência e escola, em particular numa cidade como São Paulo, o tempo gasto no deslocamento entre esses três pontos onde se dá o dia-a-dia do estagiário pode tornar contraproducente sua experiência como tal. Entre outras conseqüências, pode prejudicar o tempo destinado ao estudo fora da escola, levar a atrasos na chegada a ela, levar a refeições apressadas e/ou de baixa qualidade, além de todo o cansaço e estresse que vêm com os deslocamentos que tomam muito tempo.O HORÁRIOÉ comum a exigência de uma jornada de oito horas por dia, a qual, para os trabalhadores não estagiários, é conhecida como de “tempo integral”". Ora, como compatibilizar essas oito horas de trabalho com mais quatro horas diárias na escola, mais o tempo de deslocamento entre casa, estágio e escola, e o horário indispensável para estudar e aprender o material do curso, de forma a alcançar nele um bom desempenho? E para o lazer, nada?Como compatibilizar tudo isso é dificílimo, alguma coisa acaba cedendo e, freqüentemente, é o tempo de estudo fora da escola. Nessas condições, o aproveitamento escolar usualmente é fraco, voltado apenas para passar de ano, e o estagiário se ilude ao imaginar que o que interessa é apenas o diploma, valorizando mais o estágio que o curso. Essa é uma visão míope, pois, em geral, o bom aproveitamento abre maiores perspectivas para o desenvolvimento na carreira, como nos casos em que é valorizado pelos empregadores. Ou, quando, já formado, o profissional busca a pós-graduação e o aproveitamento passado é um critério de seleção adotado pela instituição de ensino.


O que diz a legislação sobre o estágio

Muitas vezes as organizações sem conhecer a legislação sobre o exercício da profissão do bibliotecário, contratam estagiários para levar avante a administração e o gerenciamento de unidades de informação, desvirtuando totalmente a finalidade do estágio, que é uma oportunidade do estudante podercomplementar seus conhecimentos teóricos com experiências práticas dentro de uma instituição.
O que fazer para não cair nessa armadilha e servir de mão de obra barata???...

DENUNCIAR AO CRB 8... por telefone, email, fax...

Quais serão as medidas que o CRB 8 tomará?
Em primeiro lugar, o estagiário não deve ficar com medo de denunciar, por medo de perder o emprego, pois a denuncia é sigilosa ..

Resolução CFB 033/ 2001, dispõe sobre o processo fiscalizatorio...

O CRB 8 tem obtido vitórias em instituições que burlam a Lei, sobretudo quando na biblioteca não há um profissional com o devido registro do CRB 8 da região.

E o CRB 8 continuará atento para a fiscalização de todo o tipo de ilícito no âmbito das instituições que possuam bibliotecas e unidades de informação, pois acima de tudo – e essa é a luta permanente de toda a nossa categoria - é a não banalização de nossa profissão, não nos permitir cair em vala comum
Temos que confiar que o CRB desenvolve e promove açóes para a construção de um pais mais justo, buscando garantir a prestação de serviços de qualidade a comunidade
Se todos nós nos articularmos, tornaremos um poderoso instrumento de transformação de um pais mais ético e desenvolvido.

segunda-feira, outubro 02, 2006

10 mandamentos para futuros bibliotecários



A la pregunta de uno de sus alumnos sobre en qué aspectos de la profesión centrarse, a cuáles poner más atención o dedicar más esfuerzos para conseguir un buen trabajo (interesante, bien remunerado, con proyección profesional…), Michael Stephens ha elaborado una lista de diez “mandamientos” para futuros bibliotecarios, muchos de los cuales giran entorno a la tan de moda ahora Library 2.0:
Haz preguntas en las entrevistas de trabajo sobre los proyectos que se están llevando a cabo en la biblioteca, en especial los tecnológicos.
Presta atención a lo que tu entrevistador dice de sus usuarios. ¿Aburridos, desprecupados, molestos por su presencia en la biblioteca? ¡Huye de un sitio así!
Lee cuanto puedas y empápate todo lo que puedas de cualquier tema sobre cultura, música, etc… Te ayudará a conocer a tus usuarios, sus intereses…
Aprende sobre propiedad intelectual, licencias Creative Commons e interésate por cómo estas últimas Van a influir en una cultura en la que la creación de contenidos estará al alcance de casi todos.
Utiliza las herramientas de la web 2.0, no porque estén de moda, o porque lo digan los gurús y bloggers de moda, si no porque te ayudarán a estar al día en la profesión. Suscríbete a canales RSS especializados en ByD, y anímate a participar en la blogosfera, escribiendo tu propio blog o comentando en los de otros.
Juega limpio con tus compañeros en el trabajo, en jornadas profesionales, ¡colabora! No vas a entrar en un concurso, no se trata de que tú seas el centro de atención, todo gira en torno al usuario, se trata de crear Buenos servicios para el beneficio de los usuarios.
Sé profesional, pero no dejes de lado la diversión, la curiosidad, el juego. Organiza tu tiempo y tu trabajo para poder cumplir con todo aquello con lo que te comprometas
Evita la “lujuria tecnológica”. Adorar a la tecnología se convierte en una trampa, no dejes que se convierta en un dios al que adorar.
Escucha a los bibliotecarios que ya tienen experiencia. Saben de qué hablan. Aprende de cada una de las conversaciones que mantengas con ellos (¡ojo bibliotecarios experimentados! ¡Escuchad a los recién llegados! Una escucha bidireccional es la garantía para superar las diferencias generacionales que se encuentran en muchas organizaciones)
Ten siempre una visión global. No pongas en marcha 5 nuevos servicios basados en las tecnologías más de moda sin planificar cómo mantenerlos en el futuro. Preocúpate por los presupuestos, el marketing… construye servicios, colecciones y bibliotecas sostenibles, útiles para el usuario.
Muchos de estos consejos pueden parecer obvios, algunos son más acertados que otros, ¿quizás más fáciles de seguir al otro lado del charco?, no obstante pueden ser un buen punto de partida para reflexionar sobre algunos temas e ideas interesantes de los que quizás no eres muy consciente nada más “salir del cascarón”.¿Qué pensáis?