sábado, setembro 23, 2006

Grupo de 37 escritores de vários países imagina biblioteca ideal

Um grupo de 37 escritores de vários países reúne-se entre 26 e 30 de Setembro perto da cidade francesa de Estrasburgo para imaginar «A Biblioteca Ideal».Originários de Espanha, Argentina, Turquia, Irão, Martinica, Tunísia, República do Congo, Togo e França, os escritores debaterão com os seus leitores temas diversos e assistirão à leitura de extractos das respectivas obras, em alguns casos com acompanhamento musical. Falarão, além disso, das leituras favoritas, do livro que levariam para uma ilha deserta, das obras que consideram indispensáveis em qualquer biblioteca, no âmbito de um programa elaborado pelas autoridades de Estrasburgo em colaboração com uma importante livraria local.«Porquê ler os clássicos?», «A Biblioteca Ideal de Mapas e Escritores de Viagens», «Uma Biblioteca das Nuvens», «A Noite Casanova», «Dos Continentes Negros», «Do Sentimento Amoroso», «De Virginia Woolf» e «Do Comediante» são os títulos de algumas sessões de debate previstas, precisaram os organizadores.O representante espanhol em «A Biblioteca Ideal”, o jornalista e escritor granadino José Manuel Fajardo, autor de obras como «Carta do Fim do Mundo», «Terra Prometida» e «Os Demónios à minha Porta» (publicados pelas edições ASA), falará das personagens do seu último romance, ainda não traduzido para português, «A Pedir de Boca».Por sua vez, o ensaísta e novelista argentino Alberto Manguel, autor de «Uma História da Leitura» (editado em Portugal pela Presença), centrar-se-á na figura de Jorge Luis Borges, que conheceu aos 16 anos.O director da colecção «L’Infini» (o infinito) da editora Gallimard, Philippe Sollers, particularmente apaixonado pelo mito histórico de Casanova, e a historiadora Evelyne Lever, autora de «Marie-Antoinette, la Dernière Reine», são alguns dos convidados franceses que assistirão aos debates.Na iniciativa, participarão também os africanos Alain Mabanckou, Scholastique Mukasonga e Boniface Mongo-Mboussa, indicou o presidente da Comunidade Urbana de Estrasburgo, Robert Grossman, declarando-se convencido de que a biblioteca ideal “é um mito que pode ser realidade”, como prova o antecedente da biblioteca de Alexandria.Os encontros de «A Biblioteca Ideal» estrearão a grande sala de L’Aubette, um edifício de 1928 que acaba de ser reabilitado naquela cidade do nordeste de França, onde têm sede o Conselho da Europa e o Parlamento Europeu.

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